sábado, 30 de novembro de 2013

Analisando um livro de Língua Portuguesa...

Nem sempre as escolas conseguem escolher o livro certo para ser trabalhado, mas, existe "um livro certo"?! Talvez exista um livro que consiga desenvolver de forma mais dinâmica o aprendizado escolar. Alguns livros trabalham de forma tradicional, e consequentemente, mais mecânica. Para alguns professores essa forma "tradicional" é mais fácil de ser trabalhada, de fazer com que as criança aprendam, em outras palavras, dá menos trabalho de fazê-los apreender o conteúdo. Mas, será o caminho mais fácil o melhor caminho a ser seguido? Bom, nesta postagem escolhemos um livro para analisar, que foi o "Vamos trabalhar linguagem" de Eliana Almeida e Aninha Abreu.
Título: Vamos Trabalhar Linguagem, das autoras Eliana Almeida e Aninha Abreu, apresentado para alunos do 1° ano do ensino fundamental.
Na capa observamos o nome das autoras, o nome do livro, o ano a que se destina e a editora responsável publicação.
Informações Internas: Encontram-se os dados da publicação, a equipe responsável pela criação, revisão e publicação do livro, informações sobre a editora e o ano de publicação. Numa outra folha está a formação acadêmica das autoras.
Apresentação: Na apresentação as autoras colocam o objetivo da elaboração deste trabalho, informam também que "Vamos Trabalhar" faz parte de uma coleção composta por quatro volumes, sendo eles: Linguagem, Matemática, Natureza e Sociedade e Caderno de Atividades.
Sumário: O sumário não é composto por unidades, ele é exposto de forma contínua, compreendendo as vogais e as consoantes, e com pequenas revisões. A organização interna é feita através do método alfabético, ou seja, com características típicas de cartilha.

Como não é possível analisar o livro por capítulos e unidades, analisaremos algumas questões observando da página 101 até a página 137.
1. Gêneros Textuais Abordados: Poema, parlenda e música;
2. Quais os temas/assuntos apresentados: Por estar em forma de cartilha o livro não é dividido por temas, mas segue uma ordem que inicia pelas vogais e continua com as consoantes, mas de forma aleatória.
3. Atividades de análise, compreensão e interpretação do texto: Nas páginas 117 e 122 observamos algumas atividades que buscam a compreensão e interpretação, mas de forma bem simples.
4. Atividades de oralidade: Na página 110, temos uma atividade (n° 2) de leitura de palavras de acordo com a consoante trabalhada, e neste caso a consoante "c", como mostra a figura abaixo.
5. Atividade de escrita: O livro possui atividades de escrita de várias formas, mas nada muito além dos padrões. Alguns exemplos estão nas páginas: 111 - atividade 4; 112 - atividade 7; 113 - atividade 9 e 10; 114 - atividade 11.
6. Atividades de produção textual: Não há produção textual independente, apenas reprodução dos textos apresentados como mostra a 1ª atividade da página 124.

Considerações Finais: O livro apresentado não é ideal para ser trabalhado no 1° ano do ensino fundamental, pois não aborda em momento algum os símbolos e gêneros textuais presentes na vida social dos alunos. Se comparado à Proposta Curricular de Duque de Caxias, deixa a desejar em quase todos os aspectos, como por exemplo: não trabalha a produção de texto por parte do aluno, os gêneros textuais presentes no cotidiano, entre outros.
Sendo assim, não apresenta um eixo temático, trabalha de forma mecânica e bastante tradicional. Percebemos então, que o método de alfabetização utilizado pelas autoras é o método sintético alfabético,  uma vez que o aprendizado se dá através da letra por letra, sílaba por sílaba e palavra por palavra.









terça-feira, 26 de novembro de 2013

RESUMO DA
PROPOSTA CURRICULAR DE DUQUE DE CAXIAS
(Anos iniciais - Língua Portuguesa)

O ensino da Língua Portuguesa compreende o desenvolvimento da linguagem escrita e oral. A aprendizagem deve ser de forma sequenciada e contextualizada de acordo como contexto social desses alunos. 
As crianças tem contato com a língua escrita desde muito cedo, e por isso desperta sua curiosidade. Sendo a leitura escrita práticas complementares, cabe ao professor elaborar formas para desenvolver esse processo fazendo com que as crianças participem, e não sejam apenas expectadores.
O professor deve selecionar bem os textos, e buscar deixar claro para os alunos o objetivo das atividades, pensar em estratégias para conseguir desenvolver as habilidades da leitura e da escrita.
O texto é considerado a principal ferramenta no processo de alfabetização. Mas deve ser levado em consideração os textos que circulam socialmente, que fazem parte do ambiente social do aluno. E fazê-lo compreender duas questões centrais para elaboração de um texto: o que pretende dizer e a quem se destina. É necessário para a produção da escrita a prática de revisão dos textos. Esta promove a reciprocidade entre aluno e professor.
O maior desafio para nós professore é repensar sobre as práticas adotadas ao inserir o aluno no mundo da leitura e da escrita, deve-se analisar e, se necessário, recriar práticas de ensino que garanta aos alunos não apenas ler, mas compreender e produzir textos.

EIXOS PRINCIPAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS


ORALIDADE/ESCRITA
1º Ano: reconto de histórias conhecidas;
2º Ano: recriação destas histórias com a ajuda de textos;
3º Ano: reconhecer a importância da utilização da linguagem oral correta em diversos espaços sociais;
4º Ano: narração de acontecimentos considerando a temporalidade e causalidade;
5º Ano: compreensão dos diferentes discursos orais e escritos em diversas variantes e registros da Língua Portuguesa, incluindo a norma padrão, entre outros.

LEITURA
1º Ano: estabelecimento das relações de temporalidade (anterior e posterior) entre fatos apresentados em um texto; identificação das diferenças entre imagem e escrita;
2º Ano: Continuidade do 1º ano;
3º Ano: valorização da leitura como fonte de informação;
4º Ano: interpretação de textos com o auxílio de material gráfico (jornal, revistas, quadrinho, etc.); identificação do efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notas;
5º Ano: localização da informação principal do texto; reconhecimento de marcas típicas de oralidade presentes no texto.

ESCRITA
1º Ano: análise quantitativa e qualitativa da correspondência entre seguimentos falados e escritos, utilizando conhecimento disponível sobre o sistema de escrita;
2º Ano: emprego gradual das regras gramaticais e de ortografia adequadas a cada situação;
3º Ano: reconhecimento da importância da utilização da linguagem escrita adequada em diversos espaços;
4º Ano: diferença e emprego dos sinais de pontuação e sinais gráficos na escrita de textos;
5º Ano: utiliza esquemas temporais básicos (presente, pretérito e futuro); construção da escrita de gêneros discursivos diversos, adequada ao leitor e aos objetivos de comunicação, ampliando os contextos de produção.